sábado, 9 de fevereiro de 2013

Os olhos dele me pareceram profundamente vazios. Sua expressão era cálida, translúcida de tristeza que o corroia por dentro de tal maneira que não sobravam reações, mas apenas a escuridão refletida em suas rugas.
Peguei sua mão e tentei dizer algumas palavras que pudessem reconfortar aquele coração quase ausente. Não havia o que ser dito. As palavras eram completamente inúteis, então deixei que o silêncio preenchesse os significados e explicações que eu não fui capaz de dizer.
Por fim, o tempo passou rápido. Não me importava se tinha se passado horas ou minutos. Reclinei-me e consegui enxergar uma semente de esperança ser plantada naquele olhar.
A pequenina mudança foi apenas pioneira de um tempo que estava por vir, cheia de novos ares e horizontes.

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