sexta-feira, 22 de setembro de 2017


Minha vontade é sumir, desaparecer do mapa, dos olhares e até da própria curiosidade. E é isso que irei fazer. Vou deixar que me esqueçam completamente. Vou deixar que o tempo me leve, que a vida me separe do que chamamos de passado.

Hoje eu junto os pedaços partidos do meu coração e os enterro por aí, faço um jardim para poder sorrir na próxima primavera. Hoje eu declaro minha derrota, ergo minha bandeira branca e preencho meu âmago com esperança de dias melhores, pois afinal, só isso que me resta.


                                                 





Às vezes dizer adeus é a coisa mais difícil e corajosa a se fazer, mas se faz necessário. Às vezes nossas trilhas são tão estreitas que só nos cabem sozinhos, sem mais ninguém. 

Conformar-se é diferente de lidar com a dor. Eu jamais irei entender que os fins justificam os meios. A vida ainda vai falar "se vira" e bater a porta na minha cara muitas vezes. Eu não tenho mais medo. Essa não é a primeira e nem será a última vez que mais uma lição terá que ser aprendida. E ela no momento me pergunta se eu acho que o copo está meio cheio e vazio.

Na verdade, nem sei, acredito que não há nenhum copo e nem mesmo eu estou aqui, esqueceu?

domingo, 10 de setembro de 2017

Constatações


Sento à beira de uma mesa de bar com Charlotte enquanto constato várias coisas. Usarei singelas metáforas e analogias com certas doses de ironia, pois minha alma de poeta pede, nada mais além disso.

Primeiro, eu vejo minha vida nos últimos meses como uma gaiola da qual eu estava presa.






Ele cortou impiedosamente minhas asas quando não ouvia minhas sugestões ou ao menos coisas que eu dizia rotineiramente. Ele calou meu canto enquanto ria de meus problemas e angústias. E me alimentava com suas próprias insatisfações ao mesmo tempo que me tirava as esperanças de que um dia essas situações iriam melhorar e tudo voltaria a ser como antes.

O dia em que fui jogada à força para fora das grades, confesso que a queda foi dolorosa, mas eu passei a criar meus próprios meios de sobrevivência e agora eu sei que ninguém irá fazer a mesma coisa comigo uma segunda vez (Lembra daquela história de "o que não te mata, te fortalece" ? Pois é, bem isso).

E se você quer mesmo saber? Eu tava cansada dos jogos, do eterno mau humor, amargores, problemas, irresponsabilidades e da incapacidade de se tornar uma pessoa melhor e pior ainda, também me impedindo de melhorar.

Eu não sei, mas não acredito que é do feitio de algumas pessoas transcender milagrosamente depois de uma sequência de erros, então irei sentar no sofá e pegar minha pipoca enquanto assisto as quedas, pois tem gente que está preso em sua própria gaiola de negatividade e simplesmente não sabe como sair dela.

Ah, e também ouvi dizer que não há necessidade ou qualquer desejo de ser livre, pois há quem só queira plateia para acompanhar seu próprio espetáculo, pois é isso que sabem fazer, criar super acontecimentos e fazer da própria vida um grande circo, do qual você é o palhaço.