sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Penso tantas coisas e não falo nem um terço delas. Minha mente barulhenta tira-me a paz das noites de sono.  Porque?

Não arrependo-me do que fiz, porém gostaria de ter calado menos. Deveria ter deixado que meu grito enchesse por completo a garganta e que deste modo a dor pudesse passar. Mas não passa. Continua dentro de meu peito, envolto por um invólucro de raiva.

Tenho vontade de machucá-lo. Sem dó. Sem piedade. Ver seu sangue nos meus dedos. Quero deixar marcas profundas das minhas unhas no seu ego, chamá-lo de fraco, derrotado e depois cuspir minha repulsa sobre ele.

Quero enfeitiçar seus sentidos a ponto de transformá-los em meus escravos e poder usá-los a meu bel-prazer. Serei o seu maior pesadelo, porém você desejará sonhar comigo todas as noites. Pois saiba que tu nunca irá sair daqui ileso. Eu não deixarei.

Alfinetarei cada parte de sua mente, plantando uma dúvida e descarregando um ódio. Criarei um mundo só para ti, meu bem, e colocarei a sua sanidade lá dentro. Ver-te perdido talvez dará um bom passatempo.

Você irá rastejar sob meus pés, pedindo perdão, mas talvez agora seja um pouco tarde demais. Talvez agora eu não queira mais você. Ou aqueles sonhos. Eu repudio qualquer tentativa sua.

Pois a melhor forma de explicar-te o que eu senti é fazendo você sentir o mesmo. Faço questão de fazê-lo provar o próprio veneno.

Veja, não é bom?!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A verdade é que eu perdoei, mas não esqueci. Não consigo esquecer a sensação de cair e perder tudo em um segundo. Quando eu estava tão próxima do paraíso e logo depois fui parar direto no inferno. Não esqueci que tive de quebrar meus sonhos, botar fogo em tudo para que pudesse encontrar paz em meio à cinzas, destroços e fumaça. Não consigo ignorar o desespero e a angústia que tomaram conta de mim, os meus passos cambaleantes e os pedidos para eu deixar tudo para sempre.

Meu coração mergulha em pura amargura quando lembro-me disso, e pensando melhor, não tenho mais a intenção de voltar como se nada tivesse acontecido.

Eu mostro uma cicatriz recém fechada, porém a ferida ainda pulsa dolorosamente por debaixo da pele, machucando e matando aos poucos minhas esperanças.

Que sejamos bons amigos, apenas. Mesmo que possa existir um sentimento teimoso, eu não deixarei a passionalidade tomar conta de mim. Creio que já provei o suficiente da decepção, então, muito obrigada, prefiro recolher-me dentro do inverno de minha alma.

Não me leve a mal. São apenas escolhas. Assim como tu tomaste as tuas, essas são as minhas.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Não espero muito de dezembro. Apenas uma boa passagem de ano. E que 2014 seja diferente.

Ah, sim, espero mais disciplina e dedicação de minha parte. Espero mais sorrisos e menos lágrimas e tristezas.

Espero por textos e poemas melhores, um inglês mais desenvolto e um coração amável. Apesar que a essência raramente se muda. Aceito minha amargura, pois é assim que eu sou.

Aceito mais livros e abraços. Conselhos. Sabedoria. Meus erros e minha trilha -por vezes- errante. Meus vícios. Um coração duro e congelado, mas que bate indubitavelmente de maneira passional e descontrolada.

Preciso aceitar a vida como ela é, ora louca, ora realista. A perdoá-la por ser dura e exigente comigo, me fazendo aprender lições a contragosto. Ser sua amiga e não esquentar muito a cabeça quando surgir algum problema.

Enfim, era para ser só em dezembro, mas estou tomando para a vida toda.