segunda-feira, 26 de maio de 2014

Descendo as colinas verdejantes
e as montanhas de areia
é que se encontra a terra
do rei dos oásis

Todos tem olhos acolhedores e sofridos
uma língua rascante e bela
e palavras inquebráveis
seguidas por magia e certa dose de fé

Atravessando mil léguas
e alguns oceanos
eu tenho a sensação de que
estou começando a viver agora

E que há alguém diferente no espelho
uma artista das mil e uma noites
que tem o Oriente enfeitiçado
nos olhos e sob os pés

E eu consigo enxergar
todos os véus coloridos e esvoaçantes
carregando consigo destinos
eu consigo vê-los voando para longe...

Descendo as colinas verdejantes
e as montanhas de areia
é que se encontra a terra
da qual pertence o meu futuro.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Papel e Caneta

Perguntaram-me a razão de eu gostar tanto de escrever. Refleti nela por alguns instantes e cá estou eu experimentando todos os sabores da resposta e tentando codificar da maneira mais fácil.

Acho que sempre carreguei dentro de mim a alma de um poeta. Daqueles boêmios, dramáticos, que gostam de hipérboles e demonstrações de paixão. Quem chorou por um amor perdido, endureceu a alma, porém que continua apaixonado pela vida e pelos doces momentos de ver a pessoa amada. Não minto, eu devia ter nascido há pelo menos dois séculos atrás, pois continuo amando à moda antiga e porque a faísca de ideia em encontrar certos escritores e poetas fascina-me por completo.

Gosto de esconder certos pensamentos atrás de cortinas de palavras e assistir a satisfação do meu leitor quando as descobre. Gosto de deixar a raiva, mágoa e felicidade escorrerem nas veias do papel, enquanto a caneta o percorre sem descanso.

Ás vezes tenho ataques de fúria, pois as palavras não me entendem, não me satisfazem. Frustei-me muitas vezes quando tive de seguir normas gramaticais e tipos de textos específicos. Abomino as regras, os meus esforços em fazer versos alexandrinos e rimas perfeitas. Sou assim, livre, espontânea, contra o photoshop das minhas palavras e opiniões.

Acabo por concluir que sou a própria vontade de escrever. Escrevo pois me faz bem, me faz sentir viva e com um propósito na vida. Eu eternizo as palavras, momentos, pessoas e sentimentos.

E claro, eu eternizo a mim mesma.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mudanças

Hoje eu olhei no espelho de uma forma diferente. Posso até dizer que enxerguei uma pessoa diferente. Alguém que eu sempre quis ser, que eu sempre fora, porém nunca tomei as decisões certas para mudar.

Digo que este momento não é o resultado final da ópera, muito pelo contrário, é apenas um começo. Eu apenas estou celebrando este momento porque o primeiro passo é sempre o mais importante.

Sei que momentos difíceis virão - na verdade já estão à beira da minha porta -, mas eu irei realmente me esforçar, pois deparo-me com um tipo de fome totalmente diferente. Eu tenho fome de resultados.

O provar para todos é apenas consequência do treinamento, eu quero primeiramente mostrar a mim mesma que sou capaz. Quero destruir as antigas crenças que colocaram na minha cabeça e criar novas, quero mudar os hábitos e rotina e de fato transformar-me em alguém melhor. Cansei de minhas ilusões, cansei das minhas preces e dos pensamentos de "Ah, se eu pudesse...". EU POSSO. EU CONSIGO.

E enquanto escrevo esse texto, meus músculos doem, mas posso garantir que não doem mais que o arrependimento de uma vida toda em vão.

"YOU DON'T GET WHAT YOU WISH FOR, YOU GET WHAT YOU WORK FOR."