quarta-feira, 23 de abril de 2014

Amor, vem até aqui. Deita comigo, tem espaço para nós dois. Não, não estou com medo do escuro, mas tenho medo de acordar amanhã e não te achar mais. Aperte esse abraço, eu quero quase perder o ar. Quero sentir-me segura, e é somente seus braços que me oferecem isso.

Quero te beijar com carinho e doçura, como quem prova um vinho e admira uma paisagem em qualquer lugar na Itália. Descobri-me completamente sedenta, como um forasteiro que encontra um oásis no meio do deserto.

Quero devorar seus olhos castanhos como duas grandes nozes e sentir seu perfume. Oferece seu pescoço como uma vítima de um vampiro. Eu quero que seu cheiro fique em mim.

Sinto uma pontada de inveja de sua pele morena, e já consigo sentir minhas mãos emoldurarem suas sobrancelhas de mouro e tocarem seu rosto envelhecido em alguns pontos, como se eu pudesse trazer-te os anos de volta e incluir-me no seu futuro.

Eu quero que sua voz se misture com os meus acordes preferidos no piano, dedilhada pela junção de dedos inseguros e vorazes.

Diga que eu sou sua e me faça repetir isso. Uma, duas, três, quatro milhões de vezes. Quero ver a possessividade, quero senti-la na pele.

Me invada com seus sussurros roucos. Bem perto do ouvido até o ponto de eu ficar arrepiada. Aqueça minhas esperanças nestas noites tempestuosas.

Amor, venha logo. Eu sinto tanto a sua falta...

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