quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reencontro-parte 2

Não sei o motivo, mas eu gosto. Gosto da situação, das surpresas da vida, da onde estou neste exato momento e de tudo que está acontecendo. Sei que reclamo pra caramba, mas no fundo eu gosto.

Olho ao meu redor. Gosto do minimalismo e dos pequenos toques que me fazem lembrar dele. Tudo ao meu redor me traz à tona um turbilhão de lembranças que parece-me o passado de volta no presente.

Sinceramente? Estou aproveitando cada minuto que posso. Porque isso me traz uma adrenalina, e estou vivendo estes momentos ao lado de uns maiores loucos que já conheci. Eu não quero perder tempo.

Vou até o guarda roupa e abro-o de leve. Pego uma de suas camisetas de banda, visto-a e volto para o sofá. Ele arregala um pouco os olhos quando me vê, mas sorri de modo provocador. Me serve cerveja e senta ao meu lado, ainda sorrindo. Seus olhos me analisam. De cima a baixo. Por fim, ele se aproxima e me dá um beijo. Diz que a combinação está perfeita; cabelo despenteado e usando apenas camiseta confortável.

Adoro como me olha com esses olhos castanhos claros que mudam de cor no sol para duas esmeraldas. Adoro o jeito de como fala, o timbre de sua voz e da sua risada rouca. Adoro sua barba fazendo cócegas no meu ombro. Adoro suas mãos e de como dedilham com tanta facilidade um violão. Adoro.

Me leve agora,meu amor. Antes que a noite acabe e eu tenha que ir. Me faça esquecer do tempo, das pessoas, do mundo, de tudo. Leve-me para o seu mundo, onde não há ninguém para julgar-nos, atrapalhar nossa história criando intrigas que acabem em tragédia.

Confesso mentalmente que nunca deixei de gostar dele, de fato. Uma pequena parte de mim, teimosa, sempre continuou a devotá-lo aquilo que as pessoas costumam de chamar de amor. 

Fecho os olhos e sorrio enquanto ele me abraça. Meus batimentos cardíacos param de tanta felicidade. Que tudo pare, que eu possa quebrar o tempo como vidro e deixar que tudo que vivemos até agora se transforme em um para sempre.

Para sempre...o que fica para sempre não é nada que eu possa tocar,mas sentir.

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