segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

É noite lá fora e noite dentro de mim e eu não tenho com quem conversar, então eu borro o papel com minhas lágrimas e apenas continuo escrevendo as próximas palavras.
Não sei bem o que falar agora, apenas estou lutando contra a vontade de me machucar ainda mais. Apenas não escondo minha tristeza e dilacero-me em pedaços e quebro tudo que há em mim. Quem sabe com os cômodos vazios não reste mais nada e eu possa dormir.
Mas não. A tristeza é mais cruel que a morte, e te acorrenta junta a ela, e te leva a lugares cada vez mais sombrios e distantes.
Dói, dói até sangras, mas eis aí o aprendizado. É provando o amargor e o inferno que não se erra. AS correntes apertam até deixarem marcas para você lembrar posteriormente. E a dor ricocheteia direta e impiedosa.
Que acontecerá?
Não sei, eu apenas continuarei no meu purgatório, dia após dia, noite após noite, até não restar nada de mim apenas as cicatrizes. Apenas cicatrizes.

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