Abro meus olhos, mas parece que não os abri.
Há uma grande e densa névoa que encobre meus sentidos e eu mal posso enxergar onde estou. Sei que desviei do meu caminho, mas não consigo dizer minha localização.
Já estive nessa estrada antes. Como consegui sair dela? E porque não consigo lembrar?
O silêncio é massacrante. Derruba ferozmente as minhas frágeis barreiras como uma tempestade de neve que desce ladeira abaixo.
Estou morrendo?
Este é o paraíso?
Se for, está mais para inferno.
E se não é nenhum dos dois, eu gostaria que alguém aparecesse para me dizer onde é a saída.
Sinto minhas mãos congelando, juntamente com meu coração e o resto do meu corpo.
Grito. Mas a voz não sai. Grito mais uma vez.
Onde eu estou? Onde VOCÊ está?
Meus olhos se fecham, porém, agora, tenho certeza que estão fechados e que demorarão em abrir novamente.
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